Mastectomia radical foi por muito tempo a principal forma de tratamento para câncer de mama. Como algum tempo atrás não haviam técnicas que possibilitassem um diagnóstico mais preciso, a radicalidade da terapia local era a melhor opção que se tinha. Com o desenvolvimento de novas técnicas como a radioterapia e a quimioterapia e com a evolução da avaliação do estadiamento do tumor, novos tipos de cirurgias começaram a aparecer.
Inicialmente desenvolveu-se a mastectomia radical modificada, para então posteriormente surgir as cirurgias conservadoras.
Atualmente a mastectomia radical é cada vez menos utilizada, e só é realizada quando não há possibilidade de avaliação que indique uma cirurgia mais conservadora, ou quando o tumor se encontra em um estágio avançado.
As complicações após a cirurgia mais observadas são: edema linfático de membro superior homolateral a cirurgia, seroma, alterações da dinâmica respiratória, retrações cicatriciais, deficiência do músculo serrátil anterior, e limitação de movimentos.
O edema linfático pode ser prevenido evitando-se traumas no membro superior, que pode ser um ato simples como retirar as cutículas. O esforço repetido também favorece o surgimento do edema. Processos infecciosos como micoses, roupas que comprimem o membro superior também devem ser evitadas, já que prejudicam a circulação, o mesmo ocorrendo com relógios e pulseiras.
As pessoas com linfedema apresentam desconforto, sensação de peso, dor e diminuição da capacidade de movimentação do membro afetado. O edema linfático depois de instalado é basicamente tratado através da drenagem linfática. Esta drenagem visa acelerar o fluxo linfático, diminuindo o edema.
As retrações cicatriciais diminuem a elasticidade da pele no local, dificultando a mobilização do membro superior. A paciente tenderá a não movimentar muito este membro podendo gerar um encurtamento da musculatura, principalmente do peitoral maior. Como a paciente evita mover o membro homolateral ao da cirurgia, a produção de líquido sinovial que depende dos movimentos de compressão e descompressão, tende a diminuir, assim como tende haver um espessamento dos ligamentos e da cartilagem articular. As retrações cicatriciais são um importante fator na diminuição da mobilidade do membro superior.
*** o papel da fisioterapia é muito importante no tratamento de pós-mastectomia. Para melhorar o movimento do braço do lado da retirada da mama ; A paciente as vezes tem o receio, e sente dor ao movimentar o braço, e acaba diminuindo o arco de movimento. Quando indicado, realizar a drenagem linfática, que é muito importante para que não desenvolva um edema excessivo no braço, podendo provocar sensação de peso, dor, incomodo...***